2 – Deus determinou todas as coisas, inclusive determinou que eu estivesse lendo isso aqui agora?
Sim, Deus determinou todas as coisas, inclusiva sua ação, e deixar de crer nisso acaba criando diversos problemas.
Não acreditar que Deus é a causa de todas as coisas, supõe que alguma força externa tenha causado isso. E quando falamos de coisa, está implícito as ações, pensamentos, decisões e tudo que fora criado. (Filipenses 2:13)
Se Deus não é a causa de tudo, logo, temos que supor que algo fora do controle de Deus é esta causa, então, este algo seria mais forte que Deus, ou está fora do controle Divino.
Dizer que Deus determina tudo o que acontece é dizer simplesmente que Deus é soberano sobre toda sua criação, e caso alguma coisa viesse a acontecer à parte de sua soberana vontade, este algo poderia frustrar sua soberania. (Jó 42:2)
Se há uma única molécula neste universo correndo solta, totalmente livre da soberania de Deus, então não temos nenhuma garantia de que uma simples promessa de Deus jamais seja cumprida. Talvez essa molécula independente ponha a perder todos os grandiosos e gloriosos planos que Deus fez e nos prometeu.
O humanismo enraizado em nossa cultura enfraquece nossa concepção bíblica de soberania Divina, e quando lemos textos bíblicos que descrevem o determinismo cristão, ou ficamos assustados, ou ignoramos o texto, ou como alguns sinergistas fazem, tentamos dar uma explicação ilógica para o texto.
Um texto determinista clássico se encontra em Provérbios 16:33:
“A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão. ”
Neste cenário proposto pelo autor de Provérbios, observamos alguém jogando sorte, e o resultado desde jogo sendo determinado diretamente por Deus.
O texto demonstra de forma clara que, quando a sorte é tirada, o resultado não depende do apostador, nem mesmo de uma força aleatória, mas de quem determina o resultado de forma sobrenatural, Deus.
O apostador pode lançar sorte, esperando um resultado aleatório, este resultado pode soar como fruto do acaso, mas não é, todo resultado é determinado pelo Senhor.
No texto citado, a palavra traduzida como “decisão”, no original é “mišpareboque”, que traz a ideia de justiça, ou melhor, fazer justiça, como se um juiz observasse um evento e determinasse qual seria o destino daquele acontecimento, logo, é possível concluir que Deus determina de forma direta desde as coisas simples, como um jogo de sorte, até coisas mais sérias, como o destino dos homens.
3 – Deus decretou o pecado?
Uma das questões mais polêmicas da fé cristã é a origem do mal.
De um lado estão os neo-ateus que, mesmo sem crer numa moral objetiva criada, questionam a moralidade de Deus, caso Deus seja o autor do mal.
Do outro lado cristão, uns que jogam sempre essa questão do mal para o livre arbítrio do homem e outros que usam palavras difíceis para afirmar que esta questão é um mistério.
Os neo-ateus pecam em atentar contra a moral Divina, pois é ilógico dizer que Deus erra quando pratica uma ação, pois a definição de pecado é um erro contra Deus, logo, é impossível Deus cometer um erro contra Ele mesmo.
Deus está num nível moral inteiramente diferente do nosso, portanto, ele tem o direito de fazer muitas coisas que parecem más para nós. Um exemplo interessante é em relação ao roubo. Quando Deus prescreve "não furtarás", ele está dizendo que é errado furtar algo que é propriedade privada do outro, mas se Deus é dono de tudo, como ele iria se auto-furtar? Por este motivo, Deus pode sim decretar o mal, e continuar sendo bom, pois o mal só é algo ruim quando praticado contra Deus.
Agora temos o problema do livre-arbítrio.
Sinergistas/arminianos supõe que de alguma forma, o livre arbítrio do homem causou o pecado, mas o homem teria este tipo de liberdade para criar o mal?
A melhor forma para definir livre arbítrio é ir à etimologia da palavra. Livre arbítrio é a possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante.
Partindo dessa definição, podemos dizer que o homem pode escolher de forma isenta sem condicionamento interno ou externo?
A resposta é um enorme NÃO!
É impossível o homem escolher sem ser influenciado de forma interna ou externa.
Mesmo antes da Queda, quando o homem não era escravo do pecado, Deus disse: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2:16-17), já neste cenário, o homem não tinha capacidade de fazer uma escolha livre, o homem tinha duas opções, ou comer da árvore ou não comer, essas duas condições já eram condicionamentos dados por Deus, e primeira causa destes dois condicionamentos é Deus.
E por último estão os cristãos que usando palavras de sabedoria, demonstram que a origem do mal é um mistério.
Para criar a teoria de que a origem do mal é um mistério, é preciso ignorar diversos textos bíblicos que dizem de forma direta ou indireta Deus é autor de todas as coisas, inclusive do mal (Isaías 46:10; Isaías 53:10; Lamentações 3:37-38; Amós 3:6; Mateus 10:29; Colossenses 1:16-17).
O texto clássico sobre o problema do mal se encontra em Isaías 45, mais especifico no verso 7 onde o profeta registra:
Eu (Deus) formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.
A objeção mais famosa a este texto acontece quando alguns teólogos traduzem a palavra mal por guerra, e afirmam que quando Deus cria a guerra, ele não está criando o mal moral.
Realmente, as traduções que substituem o termo mal por guerra não erram, pois neste verso ocorre um jogo de antônimos, ou seja, Deus diz que forma a luz, e traz o antônimo de luz como também algo também criado por Ele, as trevas. Deus afirma criar a paz e, também é o criador do contrário de paz, a guerra.
Mas é impossível criar a guerra, sem a inserção do mal moral. Que guerras são produzidas a partir do bem? Ou seja, mesmo que o termo mal seja substituído por guerra, está implícito no texto que toda guerra é uma calamidade criada por Deus, tendo como ponto inicial o mal moral.
Ao invés de darmos uma resposta efeminada, fraca e evasiva sobre o problema do mal, devemos dizer: Deus realmente faz todas as coisas, e o que você vai fazer a respeito disso? Quem é você para sequer questionar Deus sobre isso? (Romanos 9:19-21).
Em outras palavras, Deus é criador de todas estas coisas, luz e trevas, paz e guerra (mal), não há outro Deus para cria-las, e Deus faz todas as coisas para sua glória (Romanos 11:33:36).
Por:
Higor Crisostomo
Welder Amaral
Sim, Deus determinou todas as coisas, inclusiva sua ação, e deixar de crer nisso acaba criando diversos problemas.
Não acreditar que Deus é a causa de todas as coisas, supõe que alguma força externa tenha causado isso. E quando falamos de coisa, está implícito as ações, pensamentos, decisões e tudo que fora criado. (Filipenses 2:13)
Se Deus não é a causa de tudo, logo, temos que supor que algo fora do controle de Deus é esta causa, então, este algo seria mais forte que Deus, ou está fora do controle Divino.
Dizer que Deus determina tudo o que acontece é dizer simplesmente que Deus é soberano sobre toda sua criação, e caso alguma coisa viesse a acontecer à parte de sua soberana vontade, este algo poderia frustrar sua soberania. (Jó 42:2)
Se há uma única molécula neste universo correndo solta, totalmente livre da soberania de Deus, então não temos nenhuma garantia de que uma simples promessa de Deus jamais seja cumprida. Talvez essa molécula independente ponha a perder todos os grandiosos e gloriosos planos que Deus fez e nos prometeu.
O humanismo enraizado em nossa cultura enfraquece nossa concepção bíblica de soberania Divina, e quando lemos textos bíblicos que descrevem o determinismo cristão, ou ficamos assustados, ou ignoramos o texto, ou como alguns sinergistas fazem, tentamos dar uma explicação ilógica para o texto.
Um texto determinista clássico se encontra em Provérbios 16:33:
“A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão. ”
Neste cenário proposto pelo autor de Provérbios, observamos alguém jogando sorte, e o resultado desde jogo sendo determinado diretamente por Deus.
O texto demonstra de forma clara que, quando a sorte é tirada, o resultado não depende do apostador, nem mesmo de uma força aleatória, mas de quem determina o resultado de forma sobrenatural, Deus.
O apostador pode lançar sorte, esperando um resultado aleatório, este resultado pode soar como fruto do acaso, mas não é, todo resultado é determinado pelo Senhor.
No texto citado, a palavra traduzida como “decisão”, no original é “mišpareboque”, que traz a ideia de justiça, ou melhor, fazer justiça, como se um juiz observasse um evento e determinasse qual seria o destino daquele acontecimento, logo, é possível concluir que Deus determina de forma direta desde as coisas simples, como um jogo de sorte, até coisas mais sérias, como o destino dos homens.
3 – Deus decretou o pecado?
Uma das questões mais polêmicas da fé cristã é a origem do mal.
De um lado estão os neo-ateus que, mesmo sem crer numa moral objetiva criada, questionam a moralidade de Deus, caso Deus seja o autor do mal.
Do outro lado cristão, uns que jogam sempre essa questão do mal para o livre arbítrio do homem e outros que usam palavras difíceis para afirmar que esta questão é um mistério.
Os neo-ateus pecam em atentar contra a moral Divina, pois é ilógico dizer que Deus erra quando pratica uma ação, pois a definição de pecado é um erro contra Deus, logo, é impossível Deus cometer um erro contra Ele mesmo.
Deus está num nível moral inteiramente diferente do nosso, portanto, ele tem o direito de fazer muitas coisas que parecem más para nós. Um exemplo interessante é em relação ao roubo. Quando Deus prescreve "não furtarás", ele está dizendo que é errado furtar algo que é propriedade privada do outro, mas se Deus é dono de tudo, como ele iria se auto-furtar? Por este motivo, Deus pode sim decretar o mal, e continuar sendo bom, pois o mal só é algo ruim quando praticado contra Deus.
Agora temos o problema do livre-arbítrio.
Sinergistas/arminianos supõe que de alguma forma, o livre arbítrio do homem causou o pecado, mas o homem teria este tipo de liberdade para criar o mal?
A melhor forma para definir livre arbítrio é ir à etimologia da palavra. Livre arbítrio é a possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante.
Partindo dessa definição, podemos dizer que o homem pode escolher de forma isenta sem condicionamento interno ou externo?
A resposta é um enorme NÃO!
É impossível o homem escolher sem ser influenciado de forma interna ou externa.
Mesmo antes da Queda, quando o homem não era escravo do pecado, Deus disse: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2:16-17), já neste cenário, o homem não tinha capacidade de fazer uma escolha livre, o homem tinha duas opções, ou comer da árvore ou não comer, essas duas condições já eram condicionamentos dados por Deus, e primeira causa destes dois condicionamentos é Deus.
E por último estão os cristãos que usando palavras de sabedoria, demonstram que a origem do mal é um mistério.
Para criar a teoria de que a origem do mal é um mistério, é preciso ignorar diversos textos bíblicos que dizem de forma direta ou indireta Deus é autor de todas as coisas, inclusive do mal (Isaías 46:10; Isaías 53:10; Lamentações 3:37-38; Amós 3:6; Mateus 10:29; Colossenses 1:16-17).
O texto clássico sobre o problema do mal se encontra em Isaías 45, mais especifico no verso 7 onde o profeta registra:
Eu (Deus) formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.
A objeção mais famosa a este texto acontece quando alguns teólogos traduzem a palavra mal por guerra, e afirmam que quando Deus cria a guerra, ele não está criando o mal moral.
Realmente, as traduções que substituem o termo mal por guerra não erram, pois neste verso ocorre um jogo de antônimos, ou seja, Deus diz que forma a luz, e traz o antônimo de luz como também algo também criado por Ele, as trevas. Deus afirma criar a paz e, também é o criador do contrário de paz, a guerra.
Mas é impossível criar a guerra, sem a inserção do mal moral. Que guerras são produzidas a partir do bem? Ou seja, mesmo que o termo mal seja substituído por guerra, está implícito no texto que toda guerra é uma calamidade criada por Deus, tendo como ponto inicial o mal moral.
Ao invés de darmos uma resposta efeminada, fraca e evasiva sobre o problema do mal, devemos dizer: Deus realmente faz todas as coisas, e o que você vai fazer a respeito disso? Quem é você para sequer questionar Deus sobre isso? (Romanos 9:19-21).
Em outras palavras, Deus é criador de todas estas coisas, luz e trevas, paz e guerra (mal), não há outro Deus para cria-las, e Deus faz todas as coisas para sua glória (Romanos 11:33:36).
Por:
Higor Crisostomo
Welder Amaral
Muito bom, que Deus continue vos abençoando para continuar a combater as heresias e '' abrir os olhos daqueles que estão cegos''.
ResponderExcluirBom demais! !
ResponderExcluirSe por causa de um homem(Adão)toda a humanidade caiu,por que através de um homem(Jesus) a salvação é para alguns? Que matemática de Deus é essa? Por causa de um todos se ferraram e por causa de um alguns se livraram, me respondam com base bíblica.
ResponderExcluirOutra questão, O Calvinismo não nega que Adão e Eva tinham livre arbítrio. Se eles tinham, Deus não decretou a queda, era uma escolha deles.
ResponderExcluirEu tenho o livro fundamentos da graça de steven lawson e ele comenta em lamentações e amós mas nao afirma que Deus é o autor do mal conforme voce escreveu. Tambem augustus nicodemus tem um video no youtube falando de isaias 46 em que o texto nao se refere a mal moral como se Deus fosse o autor do pecado. Franklin ferreira tambem calvinista da mesma linha afirmando que Deus nao é o autor do pecado.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=9FXE-nZ4sw8